E AÍ BOLEIRAGEM!
Vamos falar aqui sobre a Final de um torneio que já caiu na graça dos times. A competição criada nunca se tratou de um prêmio de consolação, e sim de uma nova oportunidade de equipes que não conseguiram avançar nos mata-matas se manterem em atividade, com jogos de bom nível técnico e, por que não, de rivalidade, como trataremos a seguir.
A Final pôs frente a frente duas equipes que fizeram as partidas mais equilibradas das quartas de final, sendo alijadas da disputa do título da Série B com um empate e uma derrota pela diferença mínima. Já nas semis da Taça de Prata, em partidas disputadas no mesmo dia, o SPS passou de forma inapelável por cima do Vila Isabel, com um sonoro 6x3, enquanto o Taquarajara superou o Vem Que Trem por 3x2, em partida extremamente disputado, eliminando uma equipe que era até favorita ao título da divisão. Já o confronto entre os times na fase de classificação ocorreu na estreia de ambos na competição, onde o Taquarajara levou a vitória, mas com placar bem ajustado de 5x4, ainda na fase de ajuste de elencos.
Falando da partida em si, foi um duelo entre o entrosadíssimo SPS, que conta com o artilheiro da competição, diante de um Taquarajara que foi se formando ao longo das rodadas, e baseia seu estilo de jogo em muita habilidade e troca de passes. A partida foi tão disputada e equilibrada que bola na rede só aconteceu aos 12 minutos, com Roberto a favor do SPS, mas logo na sequência veio a virada do Taquarajara, com 2 gols de Angelim logo nos minutos seguintes. Após essa janela de gols o equilíbrio retorna e esse vem a ser o placar até o final do período.
O Taquarajara retornou disposto a definir a partida logo no começo com o terceiro gol de Angelim, ampliando a vantagem. A partida passou a ficar tensa (claro, pois se trata de uma final!) e novas bolas na rede só aos 15, com Ronaldo diminuindo a vantagem. Com o gol o time branco passou a pressionar a ponto de empatar a partida na infelicidade de um gol contra do Taquarajara. Mas o Mais querido de JPA não se fez de rogado e retomou a vantagem de Luizinho (guardem esse nome!) aos 21. O troféu já povoava as mentes do time preto e amarelo quando no finalzinho acontece novo empate, desta vez com Casé, selando o 4x4 que permaneceria até o apito final, levando a partida aos shootouts!
E aí chegou a decisão por shootouts, e todos sabemos que essa é um duelo à parte! Precisão, frieza, técnica e muita força mental são necessárias, mas não podemos deixar de levar em consideração o aspecto físico. E aí temos que destacar uma figura: Gafanhoto! O conhecido arqueiro chegou depois e entrou para essa decisão e foi fundamental, pois defendeu as três cobranças que teve contra si. Seu time começou cobrando, e na primeira passagem ambas equipes desperdiçaram. Na segunda perna saiu o único shootout convertido, por Luizinho, enquanto Gafa defendia mais um. Na terceira perna um gol garantiria o título, mas foi desperdiçado. Então a última cobrança definiria a continuidade das cobranças, em caso de conversão para o SPS, ou o título, em caso de defesa, que foi o que aconteceu! As luvas salvadoras de Gafanhoto poderiam ser imortalizadas pois garantiram o título ao Taquarajara, comemorado efusivamente por todos seus integrantes e torcedores!!!